Brasil

Publicada em 09/01/19 às 23:14h - 232 visualizações
Trabalhadores do Hugo bloqueiam avenida por uma hora em protesto contra atraso de salários

Rádio Geração 3

 (Foto: foto reprodução)

Cerca de 30 trabalhadores do Hospital de Urgências de Goiânia – Hugo, realizaram uma manifestação no início da noite desta quarta-feira (9). O ato aconteceu em frente ao à unidade de saúde e bloqueou a Avenida 1ª Radial, na esquina com a Avenida Edmundo P. de Abreu, por uma hora.

O protesto teve início às 19 horas. Com faixas e palavras de ordem, os trabalhadores se manifestavam contra o atraso de salários, a falta de pagamento de férias e de 13º.

“Ninguém recebeu o mês de dezembro. Teve gente que não recebeu nem o mês de novembro. O 13º também não foi pago e quem tirou férias nos últimos dois meses também não recebeu.

 O Instituto Haver (Organização Social – OS que administra o Hugo desde novembro) disse que, como o assunto está relacionado aos repasses de recursos por parte do governo estadual, a Secretaria de Estado de Saúde – SES deveria responder a questão.

Em nota, a SES comunicou que não houve paralisação dos servidores. Afirmou também que existe uma dívida de R$ 720 milhões na saúde e que o secretário Ismael Alexandrino se comprometeu a manter os repasses .. Há também,  de acordo com a SES, um compromisso das OSs de não paralisar os atendimentos.

Ministério da Saúde atrasa pagamento de bolsa a novos médicos do Mais Médicos

Médicos que passaram a fazer parte do Mais Médicos em dezembro, após a saída dos cubanos, estão sofrendo atrasos no pagamento da bolsa no programa.

A previsão era que o pagamento ocorresse ainda na primeira semana de janeiro de forma proporcional aos dias trabalhados -isso porque alguns iniciaram o serviço na primeira semana de dezembro, enquanto outros se apresentaram na semana seguinte.

Até agora, porém, o valor ainda não foi repassado. Pelas regras do Mais Médicos, cada profissional deve receber uma bolsa no valor de R$ 11.800, além de auxílio-moradia.

O problema atinge cerca de 5.036 médicos que entraram no programa após a saída dos médicos cubanos, de acordo com o Ministério da Saúde. A pasta diz que os pagamentos devem ser regularizados até o fim deste mês.

O atraso no recebimento, porém, preocupa profissionais ouvidos pela reportagem. “Abri mão do meu auxílio-trabalho e do aviso prévio para começar o mais rápido possível. Tivemos que assumir com muita rapidez para que os postos não ficassem sem médicos, mas não recebemos”, afirmou uma médica que iniciou o trabalho em 4 de dezembro no interior de São Paulo, e que pede para não ser identificada.

De acordo com os profissionais, além do atraso no pagamento da bolsa, ainda não houve reembolso no valor de passagens aéreas e em outros gastos de mudança -o edital prevê auxílio equivalente a até três vezes o valor da bolsa nestes casos.

Questionada, a nova secretária de gestão do trabalho e educação na saúde, Mayra Pinheiro, afirma que o problema ocorreu devido a dificuldades técnicas no cadastro dos profissionais.

“Estamos contornando o problema. Sempre que termina um edital, temos um problema de cadastro de informações, e também mudamos o sistema de pagamento. Antes eram feitos pelo sistema de cooperação com a Opas. Como houve rompimento do contrato [com Cuba], tivemos que mudar a fórmula. Imagina o que é inserir cerca de 8.000 pessoas de novo no sistema bancário”, afirma.

Segundo o ministério, médicos que estavam cadastrados no sistema até o dia 7 de dezembro receberam os valores da bolsa normalmente. O problema, assim, abrange médicos cadastrados após essa data -segundo técnicos da pasta, número corresponde a 86% do total de 5.846 médicos inscritos no edital emergencial aberto em novembro e que se apresentaram para trabalhar do início de dezembro até 14 do mesmo mês.

Vagas ainda abertas

O fim da participação de Cuba no Mais Médicos ocorreu em 14 de novembro. A decisão foi atribuída a críticas do então presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre a qualidade de formação dos médicos estrangeiros e a ausência da exigência de revalidação do diploma para atuarem no Brasil.

Desde então, o governo tem enfrentado dificuldades para preencher as vagas abertas com a saída dos profissionais. Inicialmente, o edital aberto após a saída de Cuba tinha 8.517 vagas ofertadas -cerca de 70% dessas vagas, no entanto, foram preenchidas. As demais foram alvo de desistências ou não tiveram médicos selecionados.

Com a ausência, a pasta acabou por lançar um novo edital para médicos brasileiros com 2.549 vagas -destas, 1.707 tiveram médicos inscritos. O prazo final para apresentação destes médicos aos municípios vai até esta quinta-feira (10).Segundo o ministério, médicos que decidirem por não trabalhar no programa devem informar a gestão municipal, que comunicará a desistência ao ministério.

Após esse prazo, a pasta fará novo balanço das vagas que devem ser ofertadas para médicos brasileiros e estrangeiros formados no exterior. Inicialmente, já há confirmação de que 842 vagas estarão disponíveis.

Pinheiro diz que a previsão é que todas as vagas sejam preenchidas ainda neste mês. “Acredito que vamos preencher todas com brasileiros e aqueles formados no exterior”, diz.

O programa, porém, deve passar por mudanças na nova gestão. “O Mais Médicos vai ser uma preocupação só para essa seleção. Estamos na elaboração de um programa maior, que é o Mais Saúde. Não queremos mais utilizar esse programa que trouxe tantos problemas. Precisamos de soluções definitivas”, diz Pinheiro.


Em entrevista à Folha, o novo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já havia afirmado que o Mais Médicos deve ser transformado, com estímulo à carreira de estado para médicos e outros profissionais.

“Hoje o programa está conceitualmente errado, mal executado, mal fiscalizado. Eu não diria que o programa vai acabar, mas vai se transformar. Estamos com uma geração enorme de médicos recém-formados endividados. Se vamos gastar dinheiro para formar médicos, trazer médicos de fora é assinar um atestado de incompetência”, disse.

Governo Federal não vai fazer empréstimo para pagamento de folha, diz secretária


A secretária da Fazenda do Governo de Goiás, Cristiane Schmidt, disse que o Governo Federal não realiza empréstimos para que os poderes estaduais possam pagar folha de servidores. Segundo ela, essa foi uma resposta obtida em reunião com equipe do Tesouro Nacional na última terça-feira (8) e é uma prerrogativa prevista em Lei.

Cristiane convocou coletiva de imprensa para esta quarta-feira (9) e depois seguiu para Brasília, onde se reuniria com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O objetivo, segundo ela, é buscar outra alternativa para Goiás. Ela ainda não sabe qual será a solução.

Apesar de dizer que o caminho ainda está indefinido, Cristiane aponta que os salários só poderão ser pagos por meio do parcelamento. O Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás reafirmou, em coletiva de imprensa após a da secretária, que não aceita o parcelamento dos salários e aguarda nova proposta.

“A ideia é trabalhar de forma responsável. Já estou conversando com os bancos, temos que melhorar a estrutura, para saber como vamos pagar a nossa dívida”, disse Cristiane. As equipes do governador Ronaldo Caiado (DEM) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reunirão no dia 14 de janeiro para definir estratégias de recuperação fiscal para Goiás.

O Fórum Estadual de Defesa dos Servidores Públicos de Goiás defende o pagamento da folha e dezembro antes de janeiro. “O governador falou que quer pagar e os servidores querem receber o salário. Nós queremos o pagamento cronológico, ou seja, dezembro antes de janeiro”, afirmou o presidente do Sindipúblico e integrante do fórum, Nylo Sérgio.




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